quinta-feira, 21 de março de 2013

Empresa Júnior - O que é e porque vale a pena participar



Empresa Júnior é uma associação civil, ou seja, com um objetivo comum e bem definido. Estruturalmente, é um grupo formado e gerido única e exclusivamente por alunos da graduação. Esta associação, para que seja configurada numa EJ, tem que ser declaradamente sem fins econômicos. A receita oriunda dos projetos deve ser reinvestida na própria EJ e não pode ser distribuída entre seus membros.

A Empresa Júnior é um ambiente propício para o desenvolvimento de empreendedores e lideranças empresariais, tendo como objetivo a responsabilidade social e trabalhando princípios como ética, amizade, inovação e o profissionalismo. Na Júnior, o participante aprende a trabalhar em equipe, a alcançar metas, e a cumprir prazos. Tendo assim uma noção concreta do quadro do mundo das organizações.

Após a experiência como Empresário Júnior, o estudante estará preparado para enfrentar desafios e para aplicar os conhecimentos aprendidos independentemente da sua área de atuação. Tendo uma vivência empresarial durante o ensino superior, os Empresários Juniores ganham uma chance de aprimorar suas habilidades e conhecer seus pontos fracos, sendo assim melhor preparados para o mundo de trabalho.

Karoline D’Assunção, aluna de Ciências Contábeis e diretora de gestão de pessoas da CECCO Consultoria Contábil, explica porque entrou para a júnior “Porque eu quis ser diferente, quis sair da multidão. Vi que me formando na graduação sem nenhuma experiência prática na minha área, assim como a maioria, eu não teria diferencial para concorrer no mercado competitivo que vivemos hoje”.

Karoline (no círculo vermelho), e seus colegas da CECCO

Formanda em Administração e ex-integrante da CACE, a Empresa Júnior de seu curso, Lara conta um pouco sobre a rotina de trabalho: “EJ é um excelente movimento para se fazer amizades, trocar experiências, se conhecer melhor e moldar o perfil profissional. No meu caso, eu tinha que ir a empresa 2 vezes por semana, 2 horas a cada dia.”

Perguntada se existe alguma desvantagem na atividade, Karoline diz: “Depende do ponto de vista, no meu não existe nenhuma desvantagem. Porque apesar do meu tempo para dedicar à graduação diminuir, e com isso meu rendimento nas atividades e provas, eu aprendo outras coisas. Como por exemplo, a prática do meu curso e o trabalho em equipe. Eu acredito que formar com notas elevadíssimas em todas as disciplinas não é garantia de que eu seja um excelente profissional. Pra mim, o que realmente vai fazer a diferença é o que eu aprendi, tanto profissional, quanto pessoalmente”.

Para Danilo Mowllian, membro da EJEL, empresa Júnior de Engenharia Elétrica da UFSJ, a desvantagem está no tempo gasto na atividade, principalmente quando é necessário cumprir metas em época de provas. Mas ele reafirma a experiência para o mercado de trabalho: “te dá oportunidades e contatos pra tudo que é coisa, dá uma ótima noção do mercado de trabalho também, além de oportunidades em conhecê-lo antes do diploma”.

Formado em Ciências da Computação pela UFV e ex-integrante da No-Bugs, Guilherme de Carvalho também cita a experiência e a capacidade de se relacionar melhor com pessoas que foi adquirida como vantagem: “Hoje eu trabalho com consultoria e seria muito difícil eu ser admitido nesse emprego sem a experiência adquirida na No Bugs, pois meu cargo exige bastante de relações interpessoais. Além do meu conhecimento técnico provido das salas de aula, eu preciso saber me relacionar bem com pessoas, me comunicar bem, me posicionar quanto a tomada de decisões sob pressão, me portar em importantes reuniões, agir profissionalmente, entre várias outras habilidades”.

Guilherme, ou "Branco" como é conhecido entre os amigos

Achou interessante? O processo seletivo para aquisição de novos membros acontece  uma vez por ano, normalmente no começo do primeiro semestre. Além da experiência adquirida é uma grande oportunidade para fazer novos amigos e adquirir conhecimento empreendedor. Participe você também, não espere que façam por você!

Resumindo, na Empresa Júnior:

  • O estudante assume cargos de gerência e direção, com visão e responsabilidades globais sobre a empresa
  • O contato com micro e pequenos empresários é constante e permite aprender sobre como essas empresas se organizam na prática
  • Os conceitos aprendidos em sala de aula precisam ser adaptados pelos próprios alunos para serem aplicados na prática
  • É necessário desenvolver a rede de contatos e o relacionamento com todos os interessados em potencial na empresa júnior

Caso seu curso não possua uma empresa júnior, pesquisamos pra você um manual completo pra criar o seu próprio projeto, confira:

Manual para criação de empresas juniores em universidade e faculdades





6 comentários:

  1. Empresa Júnior é coisa para inglês ver, se tiver 10 no Brasil que fazem algo que presta já é muito, o resto é só para aparecer e se achar os diretores e gerentes com visão global sobre a empresa, até um cego tem visão global sobre essas empresas júnior já que as mesmas não passam de uma salinha da universidade com um telefone, 2 computadores velhos e mais 10 babacas se achando os diretores e gerentes, infelizmente não avisaram para eles que para dirgir tem que se ter algo em movimento e para gerenciar tem que ter algo em transformação constante.
    Mas esta matéria cumpre o que os "empresários juniores" querem, que é aparecer sem nenhum esforço.

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    1. Acho que não é bem por aí. Falar isso tudo em modo anônimo é fácil. Quero ver é aguentar um ano de diretoria de projetos com cliente ligando, prazo de projeto estourando, aguentar uma frente de organização de um evento para mil e duzentas pessoas faltando uma semana para este acontecer, organizar e processar dados de um processo seletivo com 68 candidatos, realizar entrevistas nos finais de semana, aguentar pressão de professores, levar contribuição de alimentos não perecíveis a entidades necessitadas, fazer avaliações de documentos jurídicos de 40 páginas analisando item por item, acordar 8 da manhã de um domingo para dar continuidade a um planejamento estratégico que foi recomeçado pela terceira vez em dois anos, liderar uma equipe completamente desmotivada e sem perspectiva na própria empresa, entre vários outras atividades que definitivamente não são simples. Só quem já passou algum desses apertos sabe como é.

      Acontece que o fato do pessoal "aparecer", acaba sendo apenas uma consequência de um bom trabalho e não o objetivo, na maioria das vezes.

      Se realmente não tivesse vantagem não faria sentido, porque os colaboradores não recebem nenhuma remuneração financeira e muitas vezes abrem mão de muita coisa para seguir com a empresa. E ainda te desafio a encontrar alguém que ficou em alguma E.J. por mais de dois anos e hoje afirma que foram anos desperdiçados.

      Bom, não entendo qual o motivo dessa posição, visto que o pessoal de empresas juniores apenas buscam uma forma de se auto-capacitarem e de obterem uma experiência profissional inicial, mesmo que pequena.

      Se achar necessário, procure uma empresa júnior. Qualquer empresa júnior. Te garanto que nenhuma vai te negar uma visita para conhecer o cotidiano, as dificuldades e as conquistas dessa empresa. Se após isso continuar com a mesma opinião, te garanto que ao menos você terá algum respeito quando quiser expor sua opinião sobre o assunto novamente, porque sinceramente, esse comentário acima, não passa nenhuma credibilidade.


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    2. Qualquer república meia boca faz isso tudo que você disse e chama isso de "rock", nao com estes nomes de quem gosta de aparecer.
      Lógico que nenhuma pessoa que fez parte vai falar isso, até porque quem faz parte (ou tenta entrar) já são pessoas com a mente ridicula, para se sentir o diretor ou o gerente sem fazer porra nenhuma. Me poupe, como disse, se existem 10 EJ´s no Brasil que fazem um trabalho digno de note é muito.
      Já sou formado, convivi com várias pessoas que faziam aprte de empresa júnior, e todas elas eram a mesma coisa, "Noffa, fui promovido a diretor da empresa júnior.", e olha que bacana, já deve ter mais de 40 linhas de texto dos Empresários Juniores aqui, e nenhum citou a palavra trabalho na sua essência.
      Enfim, "diretor", continue se iludindo.

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    3. Hater... auhuahauha

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  2. Ah, voce foi reprovado no Processo Selvetivo da EJ do seu curso ne?
    Tenta de novo! Quem sabe voce consegue e engoli isso tudo que voce disse ai (:

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